"Iluminar, iluminar sempre, iluminar tudo. Iluminar por toda eternidade. Iluminar e só. Eis o meu l

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terça-feira, 2 de setembro de 2014

O que nos move enquanto ser humano

             O que nos move enquanto ser humano e para que?
Quais são os nossos valores?
Como enfrentamos nossas dificuldades?
Estamos preparados para aceitarmos essa nossa condição de ser homem?
E quanto ao mundo em que vivemos, qual a nossa importância para ele e que importância ele tem para nós?
Como nos relacionamos com o outro e como nos relacionamos conosco, com o nosso mundo interior?
Qual o sentido da vida?
É da nossa própria natureza humana, nascer, viver e morrer. E talvez, este aspecto último, nos faça pensar em para quê e principalmente no porquê de estarmos aqui vivendo no planeta, e ainda mais, convivendo com tantas outras pessoas e o conflito a que isso nos leva.
A condição de ser mortal vem carregada de um peso que, talvez o homem, embora ciente, ainda não aprendeu conviver.
Ora, como lidar com o fato de que após anos de existência no árduo exercício do viver, deixaremos de existir, deixaremos de ser?
Penso que, uma das questões que envolvem a problemática existencial, está exatamente no fato de que, o homem se preocupa muito com seu futuro deixando muitas vezes de lado o seu presente. A morte é um fato, não há o que fazer. Mas é justamente o decorrer de nossa existência, que irá imprimir em nossa carne, a importância do viver e seu real valor.
         Talvez seja essa a grande diferença entre deixar a vida passar e fazer a sua própria história. Não podemos fugir à nossa essência. A resposta está em nós mesmos, somente nós poderemos responder aos nossos mais difíceis questionamentos. 
         Como?
         A razão constitui a característica da natureza humana. Não podemos esperar dos outros, o que podemos fazer por nós mesmos. Nossa existência cabe à nos, é da nossa responsabilidade. Se temos então esse instrumento que nos constitui, a razão, por que então não usá-la da melhor forma possível. Será que estamos assim tão acomodados e condicionados a só receber e não questionar, a só engolir e não mastigar, que não conseguimos enxergar os nossos reais motivos existenciais?
         As informações nos chegam a todo o momento, mas o que fazemos com elas, como as selecionamos e como vamos aproveitá-las para o nosso viver, é o que verdadeiramente importa. Precisamos fazer uso dessa razão crítica. Não podemos simplesmente aceitar a tudo que nos é ofertado. Temos que separar o joio do trigo.
         A relação que temos com o mundo, nos coloca numa posição de subjugar o outro e ser subjugado por ele. Estamos sempre reduzindo o outro à nossa razão e vice e versa. Se ele está relacionado com os meus conceitos, com os meus conhecimentos, então, eu o reconheço e o identifico. Quão egocêntricos e mesquinhos somos ao viver por esse prisma! 
         Será que para sermos um indivíduo precisamos de tantas aquisições materiais? Até que ponto nosso bem estar, nossa felicidade, estão intrinsecamente condicionados ao ter?
         Acredito que a vida vá muito além de tudo isso que nos é imposto, de tudo isso que querem que acreditemos que precisamos ter, para depois ser.
         É o cuidar de si próprio, é o voltar às suas origens, é respeitar a sua essência para então assim, aceitarmos o outro, a partir de suas diferenças e o reconhecermos como igual em nossa condição: a de ser humano!

Flávia Lobatti

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